Aquecimento climático, uma fraude?
sábado, junho 21, 2008 9:14:00 AM
Veja a sequência de vídeos escrito e produzidos por Martin Durkin (?) atribuindo o aquecimento climático exclusivamente à atividade solar, desconsiderando totalmente a responsabilidade humana na produção dos gases de efeito estufa.
As acusaçoes de parcialidade ideológica contra o IPCC também permitem levantar a dúvida se não foi a indústria do petróleo americana quem financiou este material e os depoimentos dos cientistas que dele participam. Afinal, se em ciência todos se vendem, então nenhum resultado pretensamente científico merece credibilidade, nem mesmo este.
O argumento de que o
IPCC é uma fachada para os interesses dos paises ricos visando limitar o acesso dos países pobres ao combustível do desenvolvimento, o petróleo, é incoerente com os objetivos do protocolo de Quioto e do banco de carbono. Ao contrário do que pretende o vídeo, estes instrumentos permitiriam aos países pobres de continuar usando combustíveis fosseis até um certo limite ou de vender o direito não utilisado, a que se chama créditos de carbono. Se aceito e implantado, o banco de carbono permite ao longo do tempo uma diminuição da desigualdade mundial e um nivelamento do padrão de vida entre os países.
Além disto, não basta ter petróleo para produzir desenvolvimento, como mostra o caso da Arabia Saudita e do Brasil, pois desenvolvimento não se resume ao PIB. Muito mais do que riqueza material, é preciso justiça social e educação, algo que o vídeo não menciona.
Vários outros grupos de pesquisa independentes do IPCC, como o Consórcio
Ouranus por exemplo, não apenas confirmam os cenários previstos pelos relatórios do IPCC, mas mostram que estes cenários são muito otimistas, que a velocidade do aquecimento se acelera, antecipando e ultrapassando os piores cenários.
Havia um outro grupo de pesquisa dedicado à provar que o aquecimento era devido à causas externas, como o aumento da atividade radiativa do sol, a variação da orbita terrestre, do eixo de rotação, do alinhamento dos planetas, etc e/ou de uma combinação de fatores externos que se acumulavam provocando um aquecimento mais rápido do que todos os ocorridos na história do planeta. O grupo, financiado pela indústria petroleira, foi extinto em 2002 porque suas pesquisas contradiziam a hipótese pretendida e confirmavam mais ainda a hipótese contrária: existe um aquecimento extra cuja causa é claramente humana. É por esta razão que não existem financiadores de pesquisas visando provar o contrário do que o IPCC e outros grupos de pesquisa já demonstraram.
O aquecimento dos outros planetas também é considerado nas pesquisas do IPCC, como atesta o astrofísico Hubert Reeves, assim como o papel da composição da atmosfera na potencialização do aquecimento. A distinção entre o que é natural e o que é humano sempre foi complicada, mas a ação dos gases atmosféricos na regulação do efeito estufa foi demonstrada desde o início do século passado, muito antes da teoria lançada pelo climatologista James Lovelock, a hipótese Gaia.
Mesmo que hajam dúvidas sobre a quantificação das causas, por enquanto, é apenas nossa contribuição na emissão dos gases de efeito estufa que pode desequilibrar perigosamente o ecossistema podendo levá-lo ao colapso e, mesmo que fosse o sol o principal causador de inundaçoes, secas, fome, doenças, etc. a diminuição do consumo e a justa partilha da riqueza constituem formas de mitigação dos efeitos negativos tanto sobre o ecossistema como sobre as populaçoes humanas.
Não se sabe qual é a capacidade de suporte do sistema ou de reversão do impacto, mas já vemos seus efeitos com intensidades variadas em todos os continentes do globo. Se existem dúvidas científicas, e é necesséario que elas existam, que sejam colocadas com o máximo de imparcialidade.
Vídeo 1 - Apresentação: o resumo da sequência está nesta parte
Vídeo 2 -
Vídeo 3 - É o aquecimento solar provoca o aumento de CO2 na atmosfera e não o contrário
Vídeo 4 - Argumentação do aquecimento dos outros planetas devido à atividade solar
Video 5 - Atribuição de criação do IPCC à Margareth Thatcher e ao facismo da ONU
Vídeo 6 -
Vídeo 7 - O objetivo da fraude, privar os pobres do desenvolvimento e redução demográfica
Video 8 - Os créditos dos participantes e autores estão aqui.
O conjunto parece também ser mais uma propaganda motivada por interesses ainda obscuros. Pelo menos um dos cientistas entrevistados no vídeo pediu a retirada de sua participação porque seu depoimento foi manipulado de forma a fazê-lo dizer algo em que ele mesmo não acredita. Representantes do IPCC ja apontaram os erros graves nos argumentos e a falta de profundidade científica nas afirmaçoes. A forma como os scépticos se manifestam, com apelo dramático e pouca seriedade, apenas dificulta a concertação para uma reação eficaz pela sustentabilidade. Uma questão, no entanto não quer calar: Se o debate de posiçoes divergentes do paradigma do aquecimento era impossível anteriormente por causa do medo de perder financiamentos e prejudicar a carreira, etc. porque agora não é mais? Porque resolveram neste momento e não antes dizer esta "verdade" que para eles é tão evidente? O que os motivou a sair do mutismo onde estavam injustamente e terrivelmente encurralados?
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Os principais pontos da síntese do IPCC em Valência
segunda-feira, novembro 26, 2007 5:40:00 PM
Estas são as principais conclusões do quarto informe do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) destinado aos dirigentes do mundo e que fala em perdas irreversíveis, como o derretimento do gelo nas calotas polares, a desertificação rápida de zonas atualmente ocupadas por florestas e o aumento em grandes percentuais do efeito estufa.
A desertificação da Amazônia e o resfriamento da Europa são algumas das alterações possíveis citadas pelo relatório que também prevê a ocorrência de eventos repentinos - como ondas de extinção. O novo documento foi divulgado oficialmente sábado, 17 de novembro de 2007, em Valência, na Espanha.
Os especialistas do IPCC, patrocinados pela ONU, pedem mais eficiência no uso da energia em prédios, casas, nos automóveis, defendendo as variedades técnicas solar ou nuclear, consideradas mais limpas. E elaboraram uma síntese de vinte páginas que servirá de referência para os próximos anos em termos de mudança climática, há poucas semanas para a conferência que será realizada em Bali, na Indonésia.
AVALIAÇÃO CIENTÍFICA:
- A mudança climática é "irreversível" e as emissões de gases de efeito estufa provocadas pelas atividades humanas (principalmente pelo gás, o carvão e o petróleo) são responsáveis (em 90%) pelo aumento das temperaturas nos últimos 100 anos (+0,74º C). O CO2 lançado até agora pelas atividades humanas permanecerá ainda por muitos anos na atmosfera, com efeitos para o clima global.
- A temperatura mundial deve aumentar entre 1,1 e 6,4°C em relação a 1980-1999 até 2100, com um valor médio mais seguramente compreendido entre 1,8 e 4°C. O aquecimento será mais importante nos continentes e nas latitudes mais elevadas.
- O nível dos oceanos poderá, segundo as previsões, subir de 0,18 m a 0,59 m no final do século em relação ao período 1980-1999.
- Os calores extremos, ondas de calor e fortes chuvas continuarão sendo mais freqüentes e os ciclones tropicais, tufões e furacões, mais intensos.
- As chuvas serão mais intensas nas latitudes mais elevadas, mas diminuirão na maioria das regiões emersas subtropicais.
- O aumento da temperatura foi duas vezes mais importante no Pólo Norte do que na média mundial nos últimos 100 anos, provocando o derretimento acelerado da camada de gelo.
PRINCIPAIS IMPACTOS:
- "A mudança climática antropogênico (de origem humana) e suas conseqüências podem ser repentinas ou irreversíveis".
- Inúmeros sistemas naturais já estão afetados e os mais ameaçados são a tundra, as florestas setentrionais, as montanhas, os ecossistemas mediterrâneos e as regiões costeiras.
- Até 2050, a disponibilidade de água deve aumentar nas latitudes elevadas e em certas regiões tropicais úmidas, mas a seca deve se intensificar nas regiões já afetadas.
- 20 a 30% das espécies vegetais e animais estarão ameaçadas de extinção se a temperatura mundial aumentar de 1,5 a 2,5°C em relação a 1990.
- A produção agrícola deve aumentar levemente nas regiões de médias e altas latitudes (frias) se o aumento da temperatura se limitar a menos de 3°C, mas poderá diminuir se ultrapassar esse limite. Nas regiões secas e tropicais diminuirão tão logo ocorra um aumento local das temperaturas de 1 a 2°C.
- A saúde de milhões de pessoas se verá sem dúvida afetada pela desnutrição, a morte e as enfermidades vinculadas às ondas de calor, inundações, secas, tempestades e incêndios.
- Nas regiões polares serão reduzidos as geleiras e os bancos de gelo. No polo norte, o banco de gelo poderá desaparecer antes do final do século XXI.
- O aumento do nível do mar ameaçará as pequenas ilhas.
- Na Europa, as inundações, a diminuição da camada de neve e as ondas de calor colocarão em perigo inúmeras atividades econômicas.
ADAPTAÇÃO E POSSÍVEIS SOLUÇÕES:
- De 1970 a 2004, a emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pela mudança climática, aumentaram 70% e, inclusive, 80% no caso do dióxido de carbono (CO2), o mais importante deles.
- Todos os setores econômicos estão envolvidos na redução dessas emissões até 2030.
- As medidas suscetíveis de limitar o aquecimento climático entre +2ºC e +2,5ºC, até 2100 em relação a 1990, terão um impacto inferior em menos dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2030.
- As energias renováveis terão um papel cada vez mais importante depois de 2030, assim como as reservas de CO2. A atividade nuclear também desempenhará um papel crescente.
ea/cn/sd
AFP
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Como obter petróleo de algas marinhas
5:14:00 PM
As mesmas aplicações e a mesma eficiência energética que o petróleo fóssil possui, a um custo menor e sem contaminar o meio ambiente. É o que prometem os responsáveis da
Bio Fuel Systems (BFS).
Uma equipe de cientistas espanhóis da Universidade de Alicante, Espanha, criou o primeiro dispositivo baseado no cultivo de microalgas marinhas. Neste sistema, as microalgas marinhas absorvem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e o convertem em uma biomassa da qual se obtém o biocombustível.
O diretor científico do projeto e professor da Universidade de Alicante,
Cristian Gomis, apresentou hoje (22/11/2007) o protótipo do projeto, que tem o nome de "Airemar" (Ar e Mar) e se desenvolve com a colaboração da empresa espanhola Bio Fuel Systems (BFS). Trata-se de um projeto de conversão de energia, que permite a fabricação do biopetróleo.
A produção deste novo carburante fundamenta-se em uma réplica acelerada de formação natural do petróleo a partir de algas marinhas. A base do projeto é o cultivo intensivo de microalgas fitoplanctônicas obtidas no mar. Estas algas são depositadas em tanques com água marinha e se alimentam do CO2 injetado nos tanques. Após um processo de centrifugação obtêm-se uma biomassa, que será transformada em biocombustível, celulose e produtos farmacêuticos.
Segundo Gomis, o projeto tem como base a combinação de três elementos: energia solar, fotossíntese e campo eletromagnético. Este circuito pode funcionar com água do mar, com água dessalinizada e com água doce, perdendo-se apenas 3 ou 4 % de água, que é a que vai se renovando para evitar que o sistema se estanque.
A novidade deste sistema "sumidouro" de CO2 é a rentabilidade, pois que, além do custo de obtenção da biomassa ser muito baixo em relação ao custo da obtenção do petróleo, a biomassa que se obtém do processo também pode se transformar em produtos que tem valor no mercado, como celulose e produtos de farmácia.
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Um Nobel da Paz para desacomodar
sexta-feira, outubro 12, 2007 1:56:00 PM
Apesar da suspeita de que a premiação tenha o objetivo de incomodar a política republicana, a verdade é que este prêmio valoriza, de um lado, um político dedicado à causa ambientalista há mais de 20 anos, Al Gore, e de outro um organismo científico intergovernamental que pesquisa sobre as causas do aquecimento climático desde 2000, que é o IPCC. Se Al Gore ainda não se manifestou quanto ao seu interesse político, com a premiação ele obtem um poder de representação bem mais forte que a dupla Clinton. Sua candidatura à presidência poderá ser uma perspectiva interessante, mas, não a única nem a mais eficiente para a retenção do efeito estufa e para o engajamento dos EUA, da Austrália, da Nova Zelândia e de outros países para o cumprimento do Protocolo de Kyoto.
O que deveria incomodar neste prêmio é que ele chama a atenção para o relatório 2007 do IPCC que antecipa em 70 anos as previsões feitas para 2100. Segundo este relatório, o aquecimento global se acelera geométricamente. Se nossos projetos podiam se confortar com um caos transferido para a geraçao seguinte, é a geração quem tem hoje menos de 50 anos que tem que se virar para evitar o caos que bate à porta.
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