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LHC, Big-Bang ou Big-Crunch?

segunda-feira, setembro 08, 2008 10:08:00 AM

A desconfiança em torno do Acelerador de Partículas Hadron (LHC) fez com que um grupo de cientistas europeus, baseados na teoria do caos de Otto Rössler, abrissem processo no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos contra o risco de fim do mundo derivado da experiência.
O receio de que o sucesso do acelerador possa surtir o Big-Crunch, efeito contrário do Big-Bang, desencadeou esta onda de medo entre os cientistas. Se em lugar de provocar uma explosão de energia gerada pela colisão de duas partículas, o LHC disparar o mecanismo gravitacional que atrairia toda a matéria ao seu redor aumentando exponencialmente sua gravidade até compactar todo o planeta e a Lua numa esfera de 20 cm de diâmetro, a experiência representaria o fim da humanidade no Universo.
A Física governou o mundo depois da II Guerra Mundial até o fim da Guerra Fria. De lá pra cá ela ocupou um lugar mais discreto mais não menos importante junto às outras ciências na disputa pelo controle do planeta. O Acelerador de Partículas Hadron (LHC) faz parte desta disputa, ainda que ela exija a cooperação para financiar os enormes custos de construção deste laboratório gigantesco.
Mesmo que sejam notórios os avanços da Física derivados de erros enormes que a escala e o tempo parecem encobrir, um erro em escala planetária poderá ser defintivo. No caso do LHC, a ciência esbarra no direito público de saber quais as consequências da incerteza da experiência. O reconhecimento do alto grau de incerteza e da seriedade das consequências de uma ação apela ao princípio da precaução. Este princípio exige uma humildade científica que ultrapasse os interesses pessoais, financeiros ou políticos.

Veja matéria da Radio Canada aqui.
Veja pagina sobre Otto Rössler aqui.

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Aquecimento climático, uma fraude?

sábado, junho 21, 2008 9:14:00 AM

Veja a sequência de vídeos escrito e produzidos por Martin Durkin (?) atribuindo o aquecimento climático exclusivamente à atividade solar, desconsiderando totalmente a responsabilidade humana na produção dos gases de efeito estufa.
As acusaçoes de parcialidade ideológica contra o IPCC também permitem levantar a dúvida se não foi a indústria do petróleo americana quem financiou este material e os depoimentos dos cientistas que dele participam. Afinal, se em ciência todos se vendem, então nenhum resultado pretensamente científico merece credibilidade, nem mesmo este.
O argumento de que o IPCC é uma fachada para os interesses dos paises ricos visando limitar o acesso dos países pobres ao combustível do desenvolvimento, o petróleo, é incoerente com os objetivos do protocolo de Quioto e do banco de carbono. Ao contrário do que pretende o vídeo, estes instrumentos permitiriam aos países pobres de continuar usando combustíveis fosseis até um certo limite ou de vender o direito não utilisado, a que se chama créditos de carbono. Se aceito e implantado, o banco de carbono permite ao longo do tempo uma diminuição da desigualdade mundial e um nivelamento do padrão de vida entre os países.
Além disto, não basta ter petróleo para produzir desenvolvimento, como mostra o caso da Arabia Saudita e do Brasil, pois desenvolvimento não se resume ao PIB. Muito mais do que riqueza material, é preciso justiça social e educação, algo que o vídeo não menciona.
Vários outros grupos de pesquisa independentes do IPCC, como o Consórcio Ouranus por exemplo, não apenas confirmam os cenários previstos pelos relatórios do IPCC, mas mostram que estes cenários são muito otimistas, que a velocidade do aquecimento se acelera, antecipando e ultrapassando os piores cenários.
Havia um outro grupo de pesquisa dedicado à provar que o aquecimento era devido à causas externas, como o aumento da atividade radiativa do sol, a variação da orbita terrestre, do eixo de rotação, do alinhamento dos planetas, etc e/ou de uma combinação de fatores externos que se acumulavam provocando um aquecimento mais rápido do que todos os ocorridos na história do planeta. O grupo, financiado pela indústria petroleira, foi extinto em 2002 porque suas pesquisas contradiziam a hipótese pretendida e confirmavam mais ainda a hipótese contrária: existe um aquecimento extra cuja causa é claramente humana. É por esta razão que não existem financiadores de pesquisas visando provar o contrário do que o IPCC e outros grupos de pesquisa já demonstraram.
O aquecimento dos outros planetas também é considerado nas pesquisas do IPCC, como atesta o astrofísico Hubert Reeves, assim como o papel da composição da atmosfera na potencialização do aquecimento. A distinção entre o que é natural e o que é humano sempre foi complicada, mas a ação dos gases atmosféricos na regulação do efeito estufa foi demonstrada desde o início do século passado, muito antes da teoria lançada pelo climatologista James Lovelock, a hipótese Gaia.
Mesmo que hajam dúvidas sobre a quantificação das causas, por enquanto, é apenas nossa contribuição na emissão dos gases de efeito estufa que pode desequilibrar perigosamente o ecossistema podendo levá-lo ao colapso e, mesmo que fosse o sol o principal causador de inundaçoes, secas, fome, doenças, etc. a diminuição do consumo e a justa partilha da riqueza constituem formas de mitigação dos efeitos negativos tanto sobre o ecossistema como sobre as populaçoes humanas.
Não se sabe qual é a capacidade de suporte do sistema ou de reversão do impacto, mas já vemos seus efeitos com intensidades variadas em todos os continentes do globo. Se existem dúvidas científicas, e é necesséario que elas existam, que sejam colocadas com o máximo de imparcialidade.

Vídeo 1 - Apresentação: o resumo da sequência está nesta parte
Vídeo 2 -
Vídeo 3 - É o aquecimento solar provoca o aumento de CO2 na atmosfera e não o contrário
Vídeo 4 - Argumentação do aquecimento dos outros planetas devido à atividade solar
Video 5 - Atribuição de criação do IPCC à Margareth Thatcher e ao facismo da ONU
Vídeo 6 -
Vídeo 7 - O objetivo da fraude, privar os pobres do desenvolvimento e redução demográfica
Video 8 - Os créditos dos participantes e autores estão aqui.

O conjunto parece também ser mais uma propaganda motivada por interesses ainda obscuros. Pelo menos um dos cientistas entrevistados no vídeo pediu a retirada de sua participação porque seu depoimento foi manipulado de forma a fazê-lo dizer algo em que ele mesmo não acredita. Representantes do IPCC ja apontaram os erros graves nos argumentos e a falta de profundidade científica nas afirmaçoes. A forma como os scépticos se manifestam, com apelo dramático e pouca seriedade, apenas dificulta a concertação para uma reação eficaz pela sustentabilidade. Uma questão, no entanto não quer calar: Se o debate de posiçoes divergentes do paradigma do aquecimento era impossível anteriormente por causa do medo de perder financiamentos e prejudicar a carreira, etc. porque agora não é mais? Porque resolveram neste momento e não antes dizer esta "verdade" que para eles é tão evidente? O que os motivou a sair do mutismo onde estavam injustamente e terrivelmente encurralados?

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