Falar sobre meio ambiente está ficando chato no Brasil?
sábado, setembro 20, 2008 1:56:00 PMNo meio de uma aula sobre Planejamento Ambiental em uma universidade, quando o professor está explicando sobre uma importante lei ambiental, chega um aluno e faz a seguinte consideração: “professor, as leis são abrangentes, elas englobam tantos aspectos, no entanto muitos e muitos não as cumprem. Parece que tanto faz se elas existem ou não”. A reação normal do professor é defender a existência delas, enfatizando a importância de seu cumprimento e do seu poder norteador das ações. Todavia, no Brasil, casos e mais casos de desrespeito as leis ambientais estão deixando os que se preocupam com o meio ambiente cada vez mais desanimados.
Não somente a parcela dos experts ambientais sabe que a Amazônia em um futuro próximo pode se transformar em um grande cerrado, ou até mesmo (segundo os mais pessimistas) em um deserto. A população como um todo já sabe. Não somente os proprietários de terra sabem que devem preservar a mata ciliar e a área de reserva determinada por lei em suas terras, pois a população também já sabe disso. Não somente os ambientalistas sabem que a liberação de poluentes de modo excessivo na atmosfera pode causar danos imprevisíveis ao planeta, a massa também já sabe disso. E as informações, e os alertas são continuamente repetidos várias vezes ao dia, as vezes de forma até enjoativa. Entretanto, o panorama não muda, quando não torna-se pior.
Os modelos climáticos tornam-se mais completos, as imagens de satélite tornam-se mais poderosas, cada habitante dentro de sua própria casa, usando seu próprio computador, pode monitorar as áreas que já foram desmatadas. Todos olham a destruição paulatina. Todos contemplam as toras caídas, as árvores em chamas e a invasão dos campos que não durarão, não com a qualidade que desejam. Tudo como em um Big Brother, com direito a dar uma espiadinha. Enfim, todos contemplam o espetáculo suicida da destruição pensando que ela ainda está longe e que não a verão. Muitos dizem, sorte minha que não estarei vivo até lá. E talvez comentem como são chatas as linhas desse escritor apocalíptico.
Se tudo é tão claro e o fim tão previsível, se o nosso exemplo de destruição ambiental é tão estúpido, por que a ação é tão cara? Alguns falam de desenvolvimento, de produção, de fartura e de crescimento, mas é óbvio que o desenvolvimento, que a produção, que a fartura e que o crescimento que esses atores esperam não será alcançado com medidas de planejamento que não envolvam o respeito ambiental. Entretanto, a lei do mais forte na grande maioria das vezes é tão forte quanto burra, e no final o próprio forte não dará a proteção e a segurança que a sociedade quer e precisa no derradeiro momento de necessidade, porque não saberá o que fazer. Esmorecerá como um fraco.
No final das contas um fator pelo menos é claro, está ficando chato falar sobre meio ambiente no Brasil.
Não somente a parcela dos experts ambientais sabe que a Amazônia em um futuro próximo pode se transformar em um grande cerrado, ou até mesmo (segundo os mais pessimistas) em um deserto. A população como um todo já sabe. Não somente os proprietários de terra sabem que devem preservar a mata ciliar e a área de reserva determinada por lei em suas terras, pois a população também já sabe disso. Não somente os ambientalistas sabem que a liberação de poluentes de modo excessivo na atmosfera pode causar danos imprevisíveis ao planeta, a massa também já sabe disso. E as informações, e os alertas são continuamente repetidos várias vezes ao dia, as vezes de forma até enjoativa. Entretanto, o panorama não muda, quando não torna-se pior.
Os modelos climáticos tornam-se mais completos, as imagens de satélite tornam-se mais poderosas, cada habitante dentro de sua própria casa, usando seu próprio computador, pode monitorar as áreas que já foram desmatadas. Todos olham a destruição paulatina. Todos contemplam as toras caídas, as árvores em chamas e a invasão dos campos que não durarão, não com a qualidade que desejam. Tudo como em um Big Brother, com direito a dar uma espiadinha. Enfim, todos contemplam o espetáculo suicida da destruição pensando que ela ainda está longe e que não a verão. Muitos dizem, sorte minha que não estarei vivo até lá. E talvez comentem como são chatas as linhas desse escritor apocalíptico.
Se tudo é tão claro e o fim tão previsível, se o nosso exemplo de destruição ambiental é tão estúpido, por que a ação é tão cara? Alguns falam de desenvolvimento, de produção, de fartura e de crescimento, mas é óbvio que o desenvolvimento, que a produção, que a fartura e que o crescimento que esses atores esperam não será alcançado com medidas de planejamento que não envolvam o respeito ambiental. Entretanto, a lei do mais forte na grande maioria das vezes é tão forte quanto burra, e no final o próprio forte não dará a proteção e a segurança que a sociedade quer e precisa no derradeiro momento de necessidade, porque não saberá o que fazer. Esmorecerá como um fraco.
No final das contas um fator pelo menos é claro, está ficando chato falar sobre meio ambiente no Brasil.

