O lado oculto do petróleo
quinta-feira, março 13, 2008 4:14:00 PM O petróleo, cuja utilidade só foi descoberta em 1859 como substituto do óleo de baleia na iluminaçao pública, transformou a sociedade humana oferecendo um excedente de energia que nos tornou dependentes, gravemente dependentes.A primeira e a segunda Guerra Mundial foram determinadas pelo petróleo. A guerra contra o terrorismo tem como única razão o controle do petróleo. Porém, este recurso não-renovável e base do desenvolvimento moderno parece estar chegando ao fim. De 1 dolar o barril durante os anos gloriosos, o petroleo passou à 14 dolares o barril em 1973, o que permitiu às companhias petroleiras o investimento em novas técnicas de prospecçao e exploração. Hoje o preço do barril ultrapassa o limite crítico dos 100 dolares. O preço dos alimentos dispara por causa da baixa disponibilidade de terra derivada da demanda de agrocombustíveis e também por causa dos custos com o transporte. Na Europa um produto alimentar percorre em média 2400 km ante de chegar à mesa do consumidor. A classe média mundial se multiplica, aumentando ainda mais a demanda de bens de consumo e de energia.
Se a queima da última gota e a emissão da ultima tonelada de CO2 é inevitável, levando a crise ambiental ao seu máximo, quais cenários podemos prever para um futuro cada vez mais próximo, sem petróleo? O gas natural e o carvão, cujas reservas mundiais ainda sao gigantescas, estão na ordem dia. O carvao é o mais abundante, no entanto, é o mais poluente dos combustiveis fósseis. A energia nuclear, além da longevidade do poder contaminante dos resíduos que gera, é altamente perigosa, como demonstra o exemplo de Tchernobyl. O motor à hydrogênio consome mais do que gera. A energia eólica tem ganhado terreno e a energia fotovoltaica, além de painéis coletores poluentes, ainda exige muito espaço para gerar pouca quantidade de energia nos locais onde ela é mais necessária.
Eric Laurent, um jornalista que acompanha o assunto desde os anos 1960, estima que as reservas mundiais sao suficientes para dois ou três anos. Evitar o desperdício, reduzir o consumo e utilizar fontes renováveis sao paliativos que desaceleram uma crise energética crescente e que permite ganhar tempo na busca de soluçoes eficientes.
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