Relatório Stern (1)
segunda-feira, fevereiro 26, 2007 4:10:00 PM Em outubro de 2006, em Londres, veio a luz o Relatório Stern que em síntese diz que se não for controlado o aquecimento global este devastará a economia mundial numa escala comparável à das duas Guerras Mundiais e da Grande Depressão. Sendo que o custo de uma mudança climática descontrolada ficará entre 5% e 20% do PIB mundial, isso a cada ano. O autor do relatório, disse que agir agora com o objetivo de reduzir as emissões, deve custar a cada ano 1% do PIB global, segundo ele esse valor é ainda "administrável".No entanto, rapidamente, as suas palavras estão ficando esquecidas, principalmente quando vemos que empreendimentos a base de energia fóssil continuam a crescer.
A parte I do relatório considera a evidência científica da mudança do clima, e traz uma análise econômica do problema.
Nele também se examina a evidência dos impactos econômicos na mudança do clima, e explora economicamente a possibilidade das concentrações do gás estufa se estabilizarem na atmosfera. Na segunda metade, da primeira parte, são considerados os complexos desafios da política envolvidos no processo de controlar a transição a uma economia com baixo consumo de carvão. E, ao mesmo tempo, assegurar de que as sociedades se possam adaptar às conseqüências da mudança do clima que parecem iminentes.
Importante é frisar que o livro faz o exame desde uma perspectiva internacional.
A mudança do clima é global tanto nas suas causas quanto nas conseqüências, e isso requer uma ação coletiva internacional.
Uma resposta coletiva, à mudança do clima, deve ser eficaz, eficiente e equilibrada. Sendo necessário para isso uma cooperação internacional mais profunda, incluindo as áreas de criação de mercados para o carbono, a pesquisa científica, o investimento de infra-estrutura, e o desenvolvimento econômico.
A mudança do clima apresenta um desafio único para a economia. É o mais significativo exemplo de intervenção no mercado que nós vimos até agora. A análise econômica deve ser global, tratar dos horizontes a longo prazo, ter a economia do risco e da incerteza em seu núcleo, e examinar a possibilidade de mudança. Analisar a mudança do clima requer idéias e técnicas da maioria das principais áreas da economia, incluindo os avanços recentes nas outras áreas.
Fonte: STERN REVIEW: The Economics of Climate Change, p.1.
2007 ©® FACTORAMA OBSERVATÓRIO AMBIENTAL ©® Tradução Jorge Villalobos

